quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Gripe A H1N1

Retorno a postar no meu blog, depois de apenas dois anos. Temos que gerenciar tantas coisas ao mesmo tempo, que fica difícil manter tudo atualizado, digo no meio virtual: é e-mail pessoal, e-mail do trabalho, orkut, twitter, meu site e ainda inventei ter blog, blog de matemática e ainda não falei de matemática, continuarei sem falar, pelo menos hoje.

Hoje a tarde participarei de uma reunião no meu colégio e um dos assuntos da pauta é o retorno às aulas ou adiamento das aulas mais uma vez por causa da gripe A H1N1, a que chamavam gripe suína.
Vejo uma esteria coletiva em torno do assunto gripe: em várias escolas as aulas não retornaram, ou se retornaram estão adiando conteúdo novo por causa da infrequência dos alunos, o noticiário acompanha morte por morte em todo o país, restaurantes pedindo para lavar as mãos, as pessoas evitam se tocar, ir à lugares públicos. Será que sou a única a pensar que tudo isso é um exagero??? Por isso resolvi postar sobre o assunto e desabafar, mesmo que saiba: ninguém lê o meu blog, hehehehe.

Há malas que vão para Belém...
Essa pandemia tem seu lado positivo, como tudo na vida, incluindo a piada (ah Velha!!!) da pilha. Pelo menos aqui no Brasil as pessoas incluirão nos seus hábitos de higiene lavar as mãos mais vezes ao dia e de modo correto. Hábito, por sinal, que já devia estar incorporado nas nossas vidas. E ao lavarmos as mãos não estamos só nos livrando da gripe A, evitamos a gripe comum, infecção intestinal, infecções da pele, infecções respiratórias e gastrointestinais em geral, doenças infecciosas causadas por vírus ou bactérias. Hoje em dia, lembramos, com no mínimo nojo, a época em que cirurgias eram feitas sem a devida higienização por parte dos profissionais da saúde, médicos que num dia faziam necropsias e noutro faziam partos sem lavar as mãos contaminando tanto mãe quanto recém-natos. É de dar calafrios mesmo aqueles que não são misofóbicos.

O lado negativo da pilha.
A precaução deve existir, afinal pessoas (e argentinos) estão morrendo. Também não quero ficar doente. Ninguém gosta de ficar doente, mesmo que saiba que não vai morrer. Concordo que os meios de comunicação divulguem como evitar o contágio, o que fazer no caso de ter sintomas, etc. Não concordo com o exagero, de mudar a rotina das vidas das pessoas para evitar algo que é inevitável. As pessoas continuarão morrendo, até a maioria da população criar imunidade contra essa "nova" doença. Se formos analisar estatísticas o número de mortos por complicações da gripe A não difere muito dos mortos da gripe comum, incluindo os casos em que há agravamento da gripe. Por que as pessoas se apavoram então? Alguns alegam que é porque quem está morrendo agora são pessoas jovens que não morreriam da gripe comum. Os atingidos por complicações da gripe comum eram idosos e desnutridos. A alegação é absurda, então velho e pobre pode morrer!

Trânsito mata mais.
Segundo Detran/RS no ano de 2007 foram 1.185 vitimas fatais em consequências de acidentes de trânsito, ressaltando: apenas no Rio Grande do Sul. Até agora dados oficiais da OMS registram 1.799 mortes pela gripe A H1N1. Por que não há a mesma repercussão , mobilização e comoção sobre outras causas de mortes. A campanha Crack nem pensar não causou a mesma mobilização na comunidade. Pergunte: Quantas pessoas morrem pelo consumo de drogas? Quantas pessoas morrem por não ter acesso a água potável? Quantas pessoas morrem em decorrência do fumo passivo? Quem faz alguma coisa para evitar essas mortes?

Repercussão nos supermercados
Pode-se perceber as consequências da gripe nas prateleiras do supermercados e farmácias. Não só a falta de álcool gel, mas os preços cobrados! Ontem vi uma garrafa de álcool gel de 500 ml por mais de 10 reais e uma garrafa de álcool comum por volta de 4 reais. Em velório há quem lucre vendendo lenços de papel.

Filmes de Ficção.
O medo do contato físico entre as pessoas me lembra alguns filmes de ficção, não necessariamente científica onde os roteiristas imaginaram, no futuro, a proibição do beijo, do aperto de mão, da conjunção carnal. Será que esses dias estão chegando?


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